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Published On:quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Postado Por Unknown

BC ao Senado: em 2012, Brasil acelera no 2º semestre (o da eleição)


Presidente do Banco Central, Alexadre Tombini, diz na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que 2012 terá menos inflação e mais crescimento. Expectativa é por impulso do PIB a partir de julho, com país em ritmo de eleição municipal. Para senador e ex-prefeito, campanha será bem diferente de 2008, pois freada econômica e controle de gastos atrapalharam prefeitos.

BRASÍLIA – Na última prestação trimestral de contas ao Senado em 2011, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, preocupou-se em deixar, nesta terça-feira (20), duas mensagens principais sobre o que acontecerá com o Brasil no ano que vem. O país terá menos inflação e mais crescimento. Ao analisar a atividade econômica, Tombini enfatizou algumas vezes que só haverá aceleração a partir do segundo semestre. Justamente no período das eleições para prefeito.

O motivo de a economia só voltar a acelerar de julho em diante é que a diminuição do juro do BC pode até provocar efeitos psicológicos no curto prazo, tão logo o banco o reduz. Mas, para produzir efeitos concretos na economia real, leva um tempo que o BC estima entre seis e nove meses. O atual ciclo de cortes começou em agosto e se repetiu mais duas vezes. 

“Há efeitos defasados dessa política monetária cumulativa”, afirmou Tombini, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). “Em 2012, teremos um ano de mais crescimento no segundo semestre do que no primeiro.”

O dado usado pelo banqueiro para sustentar que o crescimento vai acelerar na segunda metade de 2012 é a variação do produto interno bruto (PIB) acumulada em quatro trimestres. Esse índice só caiu em 2011 e, para o BC, seguirá assim até junho. Passou de 6,2% no primeiro trimestre, para 4,7% no segundo e 3,7% no terceiro. No cenário do BC para 2012, descerá a 2,6% no primeiro e 2,5% no seguinte, para subir a 2,9% no terceiro. 

Claro que o cenário do BC poderá mudar, por causa das dúvidas sobre o o futuro de Estados Unidos e União Europeia, cujas economias derrapam, e da China, que botou o pé no freio. Ainda assim, já é um cenário com potencial para influenciar as disputas por prefeituras no ano que vem.

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que é membro da comissão que ouviu Tombini e se elegeu prefeito duas vezes (2004 e 2008), a conjuntura econômica “é muito importante” numa eleição, mesmo na municipal. Mas a de 2012, opinou, sentirá na verdade os efeitos da freada da economia em 2011 e 2012.

“Essa será uma eleição completamente diferente de quatro anos atrás”, disse Lindbergh, que participou daquela campanha (reelegeu-se em Nova Iguaçu, no Rio). “Em 2008, estávamos em ascensão. Agora, lá na ponta, os prefeitos estão com problemas. Não vamos ter uma taxa de 70% de reeleição, vai ser bem menos”, completou.

Segundo o senador e ex-prefeito, a eleição de 2008 ocorreu sob o signo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em janeiro de 2007, que abriu canteiros de obras por todos país e garantiu repasse de verbas federais aos municípios. A situação agora é outra. 

O PAC está em andamento, mas sem muitas placas novas de “em obras”. E, em 2011, por causa da inflação, o governo segurou gastos, para ajudar a controlar a inflação. Resultado: pagou menos emendas parlamentares (aquele dinheiro incluído no orçamento federal a pedido de deputados ou senadores que custeia obra de interesses das prefeituras) e fez ele mesmo menos investimentos.

Com isso, o governo acredita ter conseguido conter uma inflação que, até novembro, está em 5,97%, quase no limite máximo autoimposto pelo governo (6,5%). Em 2012, porém, segundo Tombini, o quadro vira. 

“Teremos uma inflação em 2012 menor que em 2011”, disse o presidente do BC, de cuja audiência participou apenas um senador de oposição ao governo, o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), que assistiu a parte da exposição inicial e depois deixou a comissão.

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