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Published On:terça-feira, 17 de julho de 2012
Postado Por Unknown

Adolescente paquistanesa tem rosto desfigurado por causa da sua fé


 Quando Julie Aftab (na foto) tinha 16 anos, um homem entrou no escritório onde ela trabalhava no Paquistão, e perguntou se ela era Cristã. Quando respondeu afirmativamente, o homem atirou com  ácido de bateria no rosto dela e, em seguida, agarrou-a pelos cabelos e forçou-a a beber parte do líquido. Com isso, ela queimou o esófago, de acordo com o jornal Houston Chronicle.
     No final, Aftab apresentava queimaduras de terceiro grau no peito, nos braços e na maior parte do lado direito do rosto. A família dela levou-a para um hospital, que não quis atendê-la. Depois foram para outro onde a situação se repetiu. A mãe pediu tanto a um médico no terceiro hospital para tratar da sua filha que ele acabou por aceder.
     A jovem não podia falar nem mover os braços. Os médicos disseram que 67% de seu esófago fora queimado. Ela perdeu o olho direito. Os dentes remanescentes podiam ser vistos através dos buracos no seu rosto. Os médicos disseram que ela iria morrer naqueles dias.
     Aftab lembra que sentia muita raiva no início, e disse: “Deus, por que fizeste isso comigo? Porque me fizeste passar por isso?”
 
     Lentamente, ela começou a cicatrizar. Três meses e 17 dias depois de ser queimada, ela voltou a falar e recuperou a vista do seu olho esquerdo. Ela passou quase um ano no hospital, em recuperação.
 
     O rosto mutilado da adolescente foi estampado em noticiários, associado ao crime de insultar o Islão. A sua família foi perseguida, e sua casa foi incendiada.
 
     “Eles queriam enforcar-me”, disse ela. “Eles pensaram que seria um insulto para o Islão se eu vivesse.”
 
     Aftab e os seus pais procuraram a um pastor no Paquistão, que prometeu ajudá-los. Ele contactou o Hospital Shriner para Crianças, que ofereceu o tratamento para ela em Houston.
 
     O pastor deu um conselho valioso antes que ela deixasse o Paquistão, em 2004: “A tua ferida vai curar sem qualquer medicação. Podes curar de dentro para fora. Se lhes perdoares”, disse ele.
 
     Agora, 10 anos e 31 cirurgias depois, Aftab encontrou uma nova vida no Texas, onde se está a especializar em contabilidade na Universidade de Houston-Clear Lake e a preparar-se para receber a cidadania americana este mês.
 
     Ajudada pelos “pais americanos” Lee e Gloria Ervin, aos 26 anos, Afta diz que o ataque apenas aumentou a sua fé.
 
     Aquelas pessoas… acham que me fizeram mal, mas levaram-me para mais perto de Deus”, explica. “Eles ajudaram-me a realizar os meus sonhos. Eu nunca imaginei que pudesse ser a pessoa que sou hoje.”
 
     Lee e Gloria são crentes ativos na sua igreja e ofereceram a sua casa prontamente quando souberam que a jovem paquistanesa Cristã viria ser sujeita a tratamento médico em Houston.
 
     No início, eles ofereceram-se para ficar com Aftab seis meses. Lembram que, quando ela chegou, mostrou ser extremamente tímida, olhando para o chão o tempo todo e só andava vestida de preto, da cabeça aos pés.
 
     Como ela não falava inglês, eles ensinaram-lhe a língua usando livros infantis que pagaram na biblioteca da igreja.
 
     O casal diz que sentavam-se com Aftab para consolá-la quando ela acordava assustada no meio da noite, gritando e chorando. Aftab foi visitando uma lista de médicos, que ajudaram na reconstrução de seu rosto, pescoço e orelhas. Cada um deles fê-lo de graça, desejando ajudá-la.
 
     “Talvez os médicos não sabem o que fizeram. Talvez eles pensem que apenas fizeram o seu trabalho”, disse ela. “Mas para mim, eles deram-me uma vida.”
 
     O tempo passou até que, em 2007, Aftab solicitou e recebeu asilo com a ajuda de instituições de caridade. Depois desse ataque, Aftab pôde fazer coisas que nenhum membro da sua família havia feito, incluindo formar-se no ensino médio e ir para a universidade.
 
     “Eu sou a primeira pessoa de toda a minha família que se formou no ensino médio… e a primeira pessoa da família que entrou para a universidade. Eu mudei a história da minha família”, comemora.
 
     Ela deixou de usar roupas pretas e agora chama a suas cicatrizes de “minhas joias, o meu presente de Deus.”
 
     “Não precisas mais olhar para as cicatrizes”, disse Lee, 71. “Tens tanta beleza.”
 
     “Estamos muito orgulhosos dela”, disse Gloria, 72.
 
     A jovem trabalha durante o dia e estuda à noite. Ela planeia formar-se em teologia e ser missionária. O seu sonho é juntar dinheiro suficiente para ter uma casa segura para as meninas perseguidas no Paquistão.
 
     “Há uma razão pela qual Deus me deu a vida”, disse ela. “Eu não quero perder nenhum segundo dela.”
 
     A perseguição aos Cristãos no Paquistão é um problema constante. No ano passado, as escolas Cristãs no Paquistão ficaram fechadas três dias como protesto pelo assassinato do ministro do país que cuida das minorias religiosas.
 
     Os líderes Cristãos paquistaneses dizem que se a perseguição das pessoas que “exercem a sua liberdade de consciência e de expressão” continuar a ser permitida, dentro de pouco tempo as coisas irão ficar fora do controlo, de acordo com a Associated Press.

Postado Por Unknown terça-feira, julho 17, 2012. em . Faça um comentário, que ficaremos felizes! .

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