Published On:quarta-feira, 20 de julho de 2011
Postado Por Unknown
Em Tudo Dai Graças…
Em Efésios 5:19-21 a Bíblia descreve três manifestações
básicas para alguém que é cheio do Espírito Santo:
1- Falando entre vós em salmos, e hinos, e
cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração. (v.19)
2- Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. (v.20)
3- Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. (v.21)
2- Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. (v.20)
3- Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. (v.21)
Olhando bem para eles, podemos observar que
somente serão alcançados por obra milagrosa do Senhor. Não há como a carne
produzir nenhuma delas. Podemos até tentar via esforço humano, ensino ou
imitação, mas nunca vamos atingir a vontade de Deus.
Vamos abordar aqui o segundo ponto, quando o
Senhor produz em seus filhos cheios do Espírito Santo uma atitude de gratidão
incondicional. Observe bem que a Palavra diz: “dando sempre graças por tudo”. E
a Bíblia diz o que ela quer dizer.
“Em
tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para
convosco”. (I Tess. 5:18)
Isto nunca será vivido por conhecimento da
letra, mas por revelação, por toque do Senhor em nossos corações. É algo
sobrenatural, contrário as nossas inclinações naturais. A Bíblia não ensina
apenas a suportar a adversidade, mas a ser grato por tudo, sabendo que “todas
as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm. 8:28)..
Madame Guyon escreveu: “Você precisa crer,
inteiramente, que as circunstâncias de sua vida, isto é, a cada minuto de sua
vida – tudo sim, o que quer que lhe acontença – tudo veio a você por vontade e
permissão de Deus. Você precisa crer literalmente que tudo que lhe tem
acontecido é de Deus e é exatamente aquilo de que você necessita. O Senhor
Jesus amou a Seu Pai no Monte Tabor, onde foi transfigurado, mas não o amou
menos no Calvário, onde foi crucificado”. Evidente que devemos separar a
natureza da provação permitida por Deus dos resultados de nossas
desobediências, das consequências do pecado.
Deus pensa com a perspectiva infinita da
eternidade e nós com o presente finito. Deus permitiu que seu filho fosse
crucificado, mas reservou a Ele toda a autoridade nos céus e na terra, que
tinha o caminho da cruz como necessário. Na cruz Jesus foi aparentemente
derrotado pelo império romano, por Pilatos e por todos que zombaram, porém, ali
Ele estava derrotando as forças do inferno e a morte, estabelecendo seu reino
eterno, que não poderá ser abalado. Como juiz justo, julgará a todos os homens,
inclusive aqueles que o mataram na cruz. Jesus estava ali conquistando a maior
vitória de Deus. Se Jesus não fosse um homem cheio do Espírito Santo e não
julgasse segundo os valores eternos, não suportaria as profundas adversidades
que passou.
Certa vez estava ouvi uma irmã falando de uma
experiência interessante. Ela estava em um coletivo que, repentinamente, mudou
seu curso normal e entrou por um caminho que aumentaria muito o tempo para
chegar ao destino final. Houve um alvoroço agressivo dos passageiros, fato que
obrigou o motorista parar o veículo e explicar que recebeu informações que
estava ocorrendo uma manifestação de estudantes no trajeto original e que havia
um monstruoso engarrafamento que impediria a continuação do deslocamento. Ou
seja, o caminho mais curto levaria ao caos, enquanto o caminho mais longo e
cansativo levaria ao destino correto. Na mesma hora ela teve um entendimento de
como Deus age conosco: Muitas vezes damos uma volta enorme, isto em meio ao
sofrimento, mas Deus sabe que nosso caminho original nos levará a conseqüências
eternas negativas. Muitas vezes vamos perder o conforto, mas Deus que nos
salvar. O único sentido da vida é estarmos preparados para nos encontrar com
Ele, o resto não tem valor algum para Deus.
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva
esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança
incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus
para vós, que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a
salvação, já prestes para se revelar no último tempo, em que vós grandemente
vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um
pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito
mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em
louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.” I Ped. 1: 3-7
O apóstolo indica que a esperança nossa esta
guardada nos céus. E o motivo é simples. Deus criou o homem para uma vida sem a
morte. Havia sentido na vida terrena do homem. O pecado estragou tudo e a morte
passou a ser uma realidade. A vida aqui perdeu completamente seu sentido. Tudo
aqui é efêmero, passageiro e perecível. Não vale a pena investir em um mundo
condenado a destruição. Os homens enlouquecem na luta para ter e ser, e daqui
não levam nada.
“Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido.” Salmos 103: 15-16
“Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido.” Salmos 103: 15-16
Aos olhos do homem natural, tudo isto parece uma
conversa deprimente e aterrorizante, pois caminha no sentido inverso da moderna
psicologia da auto-ajuda e do falso cristianismo que está produzindo “adesões”
em massa. A bênção de Deus é confundida com ganhos materiais. Alguém que não
atingiu os objetivos que o mundo estabelece é um infeliz perdedor.
Mas Deus vê de outra forma. Ele sabe em que
lugar está o verdadeiro tesouro, e o caminho para se chegar lá é apertado. Ele
quer tirar nossos olhos do falso tesouro que o mundo oferece, e isto certamente
causará problemas em nossas ambições terrenas. Quando Pedro disse “importa,
sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações”,
ele estava apontando nossos olhos para o eterno. Os valores divinos são
inversos aos dos homens: os últimos serão os primeiros, o maior é o que serve,
o rico avarento é desprezado e o pobre esquecido é recebido com honras nos
céus, o altivo e orgulhoso é rejeitado e o humilde é exaltado, o perseguido por
causa da palavra terá grande herança e o perseguidor autoritário seguirá para
condenação, e etc.etc.
Certamente ninguém, por mais espiritual que
seja, saí por aí dando pulos de alegria quando as duras provas batem sua porta.
Também é certo que alguém cheio do Espírito Santo não sai por aí resmungando e
entregue às forças carnais e malignas. A cruz não é um símbolo, é uma
realidade. É o estilo de vida do homem que experimentou o novo nascimento. O
capítulo 6 da carta aos Romanos retrata a cruz como lugar de morte. Nela fomos
mortos e sepultados, para que sejamos participantes da ressurreição em nova
vida. Porém o processo de crucificação do velho homem é doloroso, e não se dá
em um só momento. Quando nos convertemos, mudamos nossa atitude, mas não
abandonamos de imediato todas as heranças do velho homem. O processo de
santificação não acontece sem frustrações em nossas expectativas naturais. Temos
que ter a disposição de abandonar nosso comportamento mundano, inclusive no que
se refere aos momentos de adversidades.
Disse Tozer: “Podemos dispor-nos a seguir a
Cristo rumo ao fracasso. A fé se arrisca a falhar. A ressurreição e o juízo
demonstrarão perante os mundos todos, quem ganhou e quem perdeu. Podemos
esperar!” … E aí está o fundamento do sustento que o cristão verdadeiro possui
em seu Senhor. Ele sabe o sentido de sua vida, sabe seu destino e está pronto a
ter um coração grato ao Senhor em todos os dias de sua vida, mesmo quando a
guerra está às suas portas. As lágrimas podem vir, pois somos limitados, mas o
desespero não. Temos um Deus que nos guardou para uma viva esperança, que
jamais poderá ser abalada.
Por fim, vale lembrar uma das marcas dos homens
do final do tempos: Ingratidão (II Tim. 3:2). Somos uma geração cheia de
direitos. Desde cedo as crianças vão à escola aprender seus direitos, e muitas
se tornam tiranas. É muito comum ver o desfile de ingratos por toda a parte.
Quase todos vêem como seus direitos os deveres dos outros. O nome disso tudo é
arrogância e soberba. Como servos do Senhor, temos que fugir desse
comportamento mundano, pois é uma raiz que tem brotado destruição na fé
genuína.
Escreveu Dong Yu Lan: “Quem não estiver disposto
a ser trabalhado pelo Senhor, a tomar a cruz para negar a si mesmo é como um
escanecedor e perverso. Não adianta dar-lhe instrução, porque não dará ouvidos.
Devemos perceber que as provações são para o nosso bem; visam remover de nós as
impurezas, tais como: nosso ego, a vida da alma, as nossas opiniões, e ainda
refinar-nos como o ouro para sermos aprovados na vinda do Senhor.”
“Porque
a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas,
vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a
bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Salvador Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda
a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”.
Tito 2: 11-14