Published On:quarta-feira, 1 de junho de 2011
Postado Por Unknown
Devocional Cristão: Tome a sua Cruz
“E
chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser
vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” – Marcos 8:34.
Mas afinal, o que significa para nós
pessoalmente, tomar (a nossa) cruz e seguir a Jesus? Ao atentarmos para todo o
capítulo 8 de Marcos, veremos que Jesus acabara de predizer seus sofrimentos e
morte pela primeira vez. “Era necessário” que lhe acontecesse, diz Ele. (v.31).
Mas agora Ele expressa implicitamente um “deve” igualmente aos Seus seguidores.
Ele devia ir à cruz (e sabemos que foi); eles (nós) devem tomar a sua cruz e
segui-Lo. Deveras, devem fazê-lo “diariamente”. E, como a contraparte negativa,
se alguém não toma a sua cruz e não O segue, não é digno dEle e não pode ser
Seu discípulo.
Dessa maneira, pode-se dizer que todo
cristão é um tanto Simão de Cirene quanto um Barrabás. Como Barrabás, escapamos
da cruz, pois Cristo morreu em nosso lugar. Como Simão de Cirene, carregamos a
cruz, pois, Ele nos chama a tomá-la e segui-Lo. (Marcos 15:21). Naquela época,
todo rebelde condenado a crucificação pelos romanos eram forçados a levar sua
cruz, ou pelo menos o “patibulum” (o braço da cruz), para o local da execução.
Pois, se estamos seguindo a Jesus com uma cruz nos ombros, há somente um lugar
para o qual nos dirigir: o local da crucificação! Alguém disse: “Quando Cristo
chama uma pessoa, Ele a chama para vir e morrer”. Nossa cruz, portanto, não
pode ser um esposo irritadiço ou uma esposa rancorosa. É, antes, um símbolo da
morte do próprio “EU”. Assim, “negar-nos a nós mesmos” é comportar-nos (para
com nós mesmos) como Pedro o fez para com Jesus quando O negou três vezes.
A palavra grega para negar-se a si mesmo é
(aparneomai), ou seja, ele (Pedro) deserdou, repudiou, voltou-se as costas.
Isso é o que deve ocorrer conosco em relação a nós mesmos (ao nosso eu) quando
decidimos seguir a Jesus. A autonegação, portanto, não se trata de negar-nos a
nós mesmos certos luxos ou mazelas (embora possa incluir essas coisas); é em
verdade, negar ou deserdar os nossos próprios seres, renunciando a nosso
suposto direito de seguir o nosso próprio caminho. “Negar-se a si mesmo é…
voltar-se da idolatria da centralidade do “EU”. O apóstolo Paulo possivelmente
se referia a mesma coisa quando escreveu que os que pertencem a Cristo
“crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5:24).
Seria algo assim: Pegar um martelo e pregos a fim de pregar nossa natureza
caída e escorregadia na cruz para que a mesma não se levantasse dali! A morte
para o “eu” a qual recebe outros nomes como “tomar a cruz” ou “negar –
crucificar ou mortificar a nós mesmos”, nos possibilita vivermos uma vida de
comunhão com Deus. Essa morte não é algo que aconteceu a nós, e que agora se
nos ordena que “consideremos” ou que recapitulemos dele, mas algo que nós
mesmos deliberadamente devemos fazer, embora mediante o poder do Espírito
Santo, mortificando nossa antiga natureza… dia após dia!
Nas
Palavras de Tiago se expressa de maneira clara como esse “eu” pode assumir o
controle de uma situação na vida de um cristão (ou cristã): “Ninguém,
sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo
mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela
sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à
luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”. (Tiago 1:13-15). Esta mensagem foi baseada no artigo: A
autonegação, do livro A cruz de Cristo (John Stott)
por Vilson Ferro Martins